Balanço!
Há quanto tempo não vinha aqui e tanta coisa se passou…
Mas não me está apetecer falar dos desencantos ou o que de menos simpático tenha acontecido. O que é facto é que alterei a minha postura e muito sinceramente não sei se veio com o ano novo ou se por razões que não me dei ao trabalho de analisar.
Aconteceu, estou diferente, além de que já fiz mais um aninho… Começo acreditar que a ternura dos 40 que sempre tinha achado uma treta, com a vinda dos 50, acredito nas mudanças, deu-me serenidade para aguentar os reveses da vida, pensam vocês “finalmente”, pois é nunca é tarde, até para aprender a gerir este tipo de situações. Afinal algo vem com a idade, ternura ou não!
Cada vez gosto mais de mim! É verdade, gosto da pessoa que sou! Não, não sou narcisista, mas tendo pontos de comparação, gosto de mim! E foi aqui que notei uma diferença, acho que há uns tempos não era bem assim…
A verdade é que façamos ou não por isso e a partir do momento que não andamos cá só para ver os eléctricos, mudamos, alteramos a nossa personalidade, a nossa visão do mundo, das pessoas. Bom, se vamos pelas pessoas, entramos no marasmo; o Mundo, esse não interessa para viver; portanto e para que esta passagem se faça de forma suave o melhor mesmo é viver cada dia como se fosse o último! Não é visão fatalista é realista!
O que noto de diferente em mim já passou para exterior, o que é fantástico, estou mais comigo mesma e gosto, não me regozijo do mau alheio mas fico menos afectada, cada vez mais dou importância ao que realmente tem. Poderá ser ou não da idade, seja lá o que for, trouxe-me maior vontade de viver e principalmente estar com quem gosto, com as pessoas importantes na minha vida, não deixo que, o supérfluo, o fácil, o imediato me atinja e perante demonstrações de imbecilidade, estupidez da mais pura e crua, acho que neste momento me limito a olhar! Palavras para quê? O imbecil vai morrer imbecil e quem sou eu para o tentar mudar? Perder tempo? Não, não posso, não o tenho!
É óbvio que e tratando-se de um exercício diário, lidar com pessoas, incompetentes ou supostamente competentes não é fácil, mas nem isso me afecta neste momento. Não me apetece mesmo dar-lhes atenção ou fingir que dou e então fico-me e novamente a olhar. Parece estranho, mas acreditem, sem que tenha feito por isso, foi uma forma de me proteger das agressões do dia a dia.
É triste ver pessoas numa luta sem tréguas a tentarem um lugar ao sol; passam por cima de qualquer um, são arrogantes, não reconhecem um erro nem que ele esteja à frente do nariz e não têm a humildade de o reconhecer; estas pessoas vivem em sobressalto, com medo de serem apontadas e depois se alguém próximo comete uma falha, fazem disso bandeira! São de uma pobreza de espírito inqualificável! São pessoas sem valor humano, dissimuladas, delambidas e a nível profissional, engraxadoras. Mas quem ainda não teve contactos com estes espécimes? Pois é…
A velha máxima, “viver não custa, custa é saber viver” aplica-se na perfeição! E também aqui me distancio, graças a Deus!
Perfeita? Eu? Claro que não, mas orgulho-me de poder dizer que sou diferente e principalmente nunca fui assim, sim porque eu não nasci com 49 anos!
Bom, vou tentar escrever com mais assiduidade, até porque me faz bem à alma!